A Invest Paraná, por meio do Programa Vocações Regionais Sustentáveis, em parceria com o NIGEP – Núcleo Interdisciplinar de Gestão Pública da Universidade Estadual de Londrina (UEL), lança concurso para revitalização de embalagens de produtos alimentícios da bioeconomia paranaense.
INSCRIÇÕES ENCERRADAS
O concurso tem como objeto a seleção de propostas de projeto técnico para a redesign dos modelos de embalagens utilizados atualmente pelos arranjos de agricultura familiar, pequenos empreendimentos, e/ou agroindústrias comunitárias do Estado do Paraná. O concurso visa promover a melhoria das embalagens incluindo forma e estética, materiais, funcionalidades, fornecedor e produção, com vistas à promoção do desenvolvimento econômico sustentável.
Sobre as categorias do concurso
CHIPS
Mandioca, banana
DOCES
Bala de banana
GELEIAS E COMPOTAS
Frutas
XAROPES E MEL
Melado de cana e mel de abelhas
CHÁ DE INFUSÃO
Erva mate verde e tostada
Documentos:
Formulário de Inscrição Gratuita:
Formulário de Submissão de Projetos para Avaliação:
Edital de Chamamento Público:
Anexo I do Edital – Memorial Descritivo das categorias:
Anexo II do Edital – Orientações para o Projeto Técnico:
Fichas para Submissão dos Projetos Técnicos:
Resultados:
Resultado das Inscrições:
Resultado Final do Concurso:
Projetos Vencedores:
🏆Na categoria de Embalagem para Chips, o vencedor foi o projeto Chips PR.
A equipe teve como foco principal a melhoria na conservação e proteção do produto. Para isso, propuseram uma capa feita de papel kraft com visor e uma alternativa de saco plástico em polipropileno, ambos recicláveis. A montagem é simples, exigindo apenas dobras e encaixes. A capa também pode ser usada para ampliar a comunicação e valorização do produto, incluindo informações tais como a origem, processo de fabricação artesanal, os produtores, descarte correto.
Autores do projeto: Camila Claudiano da Luz e Ana Carolina Varhau Dores.
🏆Na categoria de Embalagem para Doces, o vencedor foi o projeto Cinta.
A equipe teve como foco principal a melhoria na conservação do produto e no processo de rotulagem, aproveitando o processo e estrutura atual dos produtores. Para isso, propuseram uma cinta ajustável de papel reciclável com montagem simples por encaixe e corte estrela para fixar o saco plástico com os doces. A cinta confere estrutura para a embalagem e elimina o uso de adesivos. Também pode ser usada para ampliar o espaço de comunicação e valorização do produto, incluindo curiosidades, história e regionalidade, além de permitir explorar a identidade visual da marca. A equipe sugere um modelo colaborativo e compartilhado para a produção gráfica dos materiais pelos produtores.
Autores do projeto: Cecilia Klein Dobner e Nicole Sanson Binet
🏆Na categoria de Embalagem para Geleias ou Compotas, o vencedor foi o projeto Geleia Tradicional Familiar Paranaense.
A equipe teve como foco principal a promoção da reutilização do pote de vidro original e valorização do produto artesanal. Para isso, propuseram como diferencial a opção de refil para o reabastecimento dos potes originais. O refil seria uma opção mais leve e dobrável, para otimizar o transporte e armazenamento, produzido em papel kraft revestido em plástico reciclável. O projeto gráfico combina elementos regionais ao apelo presenteável do tipo de produto, incluindo a opção de QR code ampliar o acesso a informações sobre a origem do produto e métodos de produção sustentável.
Autores do projeto: Julia Aparecida Gonçalves Queiroz, Giovanni Augusto Bandeira e Natalia Prado Cracco.
🏆Na categoria de Embalagem para Chá de Infusão, o vencedor foi o projeto Raízes do Mate.
A equipe teve como foco principal facilitar a expansão da linha de produtos de uma marca sem a necessidade de grandes lotes por produto e promover o aspecto presenteável. Para isso, propuseram uma caixa em formato inspirado na flor da erva mate, que possui 4 pétalas, sendo de fácil montagem manual e por encaixe. A caixa seria produzida em papel kraft e o saco com a erva para o chá em plástico de polipropileno, ambos recicláveis. O projeto gráfico do rótulo seria utilizado para diferenciar sabores em uma linha de produto, apresentando formas e ilustrações para agregar valor ao chá, enaltecendo a tradição histórica do mate no Paraná.
Autores do projeto: João Carlos Nehring Ferreira, João Pedro Conte Bouças Alves e Teófilo da Silva Brandt
Datas importantes:
Etapa de Inscrições
Prazo para realizar a inscrição – 27/09/2024 a 14/10/2024Prazo para deferimento das inscrições – 15/10/2024 a 17/10/2024Publicação do resultado das inscrições selecionadas para participar do concurso – 17/10/2024
Etapa do Projeto Técnico
Prazo para os participantes desenvolverem as propostas de projeto e receberem orientação – 22/10/2024 a 27/11/2024 – PRORROGADO ATÉ DIA 01/12/2024
Sessão de orientação (online e ao vivo) para esclarecimento de dúvidas dos participantes – 07/11 as 18:30 LINK DA VIDEOCHAMADAPrazo para os participantes realizarem a submissão das propostas finais por meio de projetos técnicos – 27/11/2024 – PRORROGADO ATÉ DIA 01/12/2024
Prazo para deferimento e avaliação dos projetos pela banca avaliadora – 28/11/204 a 10/12/2024 – PRORROGADO 2/12/204 a 10/12/2024
Etapa de Comunicação Resultados
Publicação dos resultados do concurso com a classificação dos projetos – 11/12/2024 a 13/12/2024Menção Honrosa e divulgação dos projetos vencedores – 16/12/2024 a 18/12/2024
Júri
Conheça os especialistas que compõem a banca de avaliação dos projetos.
BRUNO BANZATO
Graduado em Relações Internacionais, tem MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades e mestre em Planejamento e Governança Pública pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Atualmente ocupa o cargo de gerente de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná.
JOÃO LUIZ CARVALHO
Doutor em Administração de Marketing (USP). Mestre em Administração (UEL). Especialista em Propaganda e Publicidade (FURB). Professor na UEL, pesquisador no CIC-Londrina e servidor no IDR-Paraná.
DANIELE CRISTINA ADÃO
Bacharel e mestre em Química pela Universidade Estadual de Londrina. É responsável pela gerência do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente do Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR).
VALKIRIA PEDRI FIALKOWSKI
Doutora em Design pela UFPR (Sustentabilidade, Inovação, Gestão Design e Data-driven Design) e MBA em Marketing pela FGV. Cofundadora da ARBO design (Brasil/EUA), palestrante, jurada e pesquisadora.
BERNARDO MAGALHÃES
Fundador da Libra, agência que constrói sentido para marcas por meio de processos de Branding e Design. Premiado Bronze 2021, Prata 2023 e Ouro 2024 pela ABRE. Autor do artigo “Branding para Negócios da Bioeconomia”. Premiado Prata pelo Brasil Design Award (2022). Vencedor do troféu Curupira no DFBW Award (2023).
RICARDO MARQUES SASTRE
Diretor da Mudrá Design, Presidente da APdesign RS; Publicitário, especialista em expressão gráfica e gestão empresarial; Mestre em design; Doutor em Engenharia de produção e Pós-Doutor em Design sustentável, pesquisador, consultor, músico e professor. Possui 28 anos de experiência no mercado de embalagens. Consultor Ad Hoc do estado do RS.
CAIO BELTRÃO
Ilustrador e designer gráfico com 20 anos de experiência, trabalha para os mercados publicitário e editorial e conta com projetos realizados para diversas marcas, de pequenas empresas a multinacionais.
Orientações para a Etapa de Projeto Técnico
Esclarecendo as dúvidas (7/11)
No geral as pessoas compram os potes de plástico e vidro em lojas de embalagem online com entrega. A quantidade por mês varia muito devido a saída, mas no geral buscam comprar em grande quantidade para compensar o frete. Em lojas físicas da cidade onde residem, o custo tende a ser mais alto. No caso do vidro, por ser mais pesado, as vezes a compra online não compensa e buscam alternativas em lojas especializadas de vidro local, inclusive as que trabalham com reciclagem. Neste caso, para valer a pena também é necessário comprar em grande quantidade também. Também é necessário considerar a compra da tampa metálica.
Desta forma, o custo mensal com este tipo de embalagem, e as demais categorias do concurso, variam bastante por produtor, mas vocês conseguem ter uma referência de valores e opções em fábricas de embalagens online. Importante saber que além do custo com a compra da embalagem em si, o produtores ainda tem o custo extra com entrega/frete, ou combustível para ir busca-las.
Adicionalmente, recomendamos que realizem uma sondagem na cidade de vocês, com lojas e fabricantes de embalagens que oferecem opções comerciais prontas e customizadas para pequenos comércios e empreendedores. Procurem entender se há uma tiragem mínima, qual a média de valores para os tipos de embalagem e materiais que estão considerando no redesign.
Recomendamos que a defesa com relação a uma possível redução de custos poder ser baseada na pesquisa que fizeram e não requer atender a um valor específico, uma vez que esta referencia de custo atual não foi fornecida. O importante é evidenciar os benefícios ou ganhos que a proposta de vocês pode oferecer para os pequenos produtores e empreendimentos.
O projeto técnico não inclui logomarca de produto e rotulagem de alimentos (ex: lista de ingredientes, tabela nutricional, selos, etc). É recomendado que seja reservado uma área em branco para sinalizar onde estes elementos seriam acomodados no futuro.
A proposta de solução de vocês deve ser generalizável para a categoria de produto selecionada de forma mais ampla, como uma possível alternativa dentre as já existentes.
O conteúdo e identidade visual não precisaram ser adaptados para diversos formatos e sabores.
Além disso, o conteúdo textual deve ser o necessário para identificação do produto de forma mais generalizável para a categoria que representa. O mesmo para a identidade visual, não havendo necessidade de derivarem variações de sabores específicos.
Lembrando que o critério de avaliação “Forma e Estética” visa a incorporação de atributos gráficos e/ou físicos da embalagem que melhoram a função, percepção de qualidade e/ou ajudam a reposicionar o produto.
As propostas podem ser baseadas em adesivo, impressão direto no material da embalagem ou outra que julgarem relevante, e argumentarem na defesa de vocês.
Não é exigido que os materiais e propostas de solução sejam específicas para uma região ou município do Estado.
Os modelos de embalagem apresentados no memorial descritivo são apenas exemplos de algumas das variedades mais frequentemente utilizadas atualmente. Dentro da categoria selecionada, vocês poder optar por melhorar dos modelos apresentados ou mesmo propor um novo modelo/forma.
Para além dos modelos de exemplo apresentados no memorial descritivo, recomenda-se que vocês realizem pesquisas por outras referências de outros formatos de embalagem para inspiração, tanto no mercado nacional quanto internacional.
O objetivo geral é proporcionar uma melhoria incremental nas embalagens atuais e evitar custos e esforços adicionais, para se seja mais fácil adoção das novas soluções de embalagens pelos produtores. Não há necessidade de modernização radical do processo atual de envase ou ensaque, principalmente se isso gerar um impacto alto de processo e necessidade de aquisição de equipamentos. O foco é a embalagem em si. Se ela oferecer uma otimização do esforço de trabalho é um extra.
Atualmente os processos de envasar ou ensacar são predominantemente manuais, com baixo nível de industrialização. São predominantemente realizados por arranjos familiares, similares a uma pequena agroindústria. Podem contar com auxilio de equipamentos básicos operados manualmente como seladoras. Em alguns casos, como do sachê de chá, pode ocorrer de ser uma empresa pequena que tenha um equipamento como uma empacotadora ou ela tem um fornecedor que empacota a erva para ela.
Por que participar
Este concurso é uma ação que faz parte do Laboratório de Bionegócios VRS LAB+, para desenvolver ações com vistas ao crescimento socioeconômico por meio da ampliação do acesso aos mercados de produtos de vocações regionais da bioeconomia Estado.